
Engenheiro de formação, Minelli disse que não precisa ser economista para encontrar impactos positivos do biodiesel na economia do país. Ele mostrou que o IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano cresceu nas regiões Centro-Oeste e Sul do país, onde está a maior concentração de usinas.
O biocombustível, que representa 0,12% do PIB nacional, tem potencial de gerar 113% mais empregos que o refino de diesel fóssil, segundo estudo da FIPE/USP.
O mesmo levantamento mostrou que de 2008 a 2012, quando a mistura de biodiesel no diesel passou de 2% para 5%, o valor agregado pela produção do biocombustível ao PIB foi de R$ 12 bilhões. No mesmo período, a economia de importação de diesel na balança comercial foi de R$ 11,5 bilhões.
Sobre as cidades, o diretor da Aprobio citou o caso de Quixadá, com 80 mil habitantes, no Ceará, onde o PIB industrial cresceu 182% de 2008 a 2012. O dos serviços, decorrente do industrial, foi de 66%, depois que uma usina de biodiesel se instalou no município.
Em Ipameri, Goiás, de 24,7 mil habitantes, a alta do PIB da indústria foi de 290%, e do setor de serviços, 53%. Em São Simão, de 24 mil habitantes, também em Goiás, o PIB da indústria subiu 80%. O de serviços, 144%.
Em Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul, com 30,6 mil hab., a indústria cresceu apenas 20% porque lá não tem unidade esmagadora de soja, ou seja, a cadeia não está presente de forma completa. O PIB dos serviços cresceu até mais, 33%.
Em Passo Fundo (RS), com cerca de 185 mil habitantes, o PIB industrial cresceu 107% com a instalação de uma usina de biodiesel, e o de serviços, 101%. Em Rosário do Sul, também no Rio Grande do Sul, onde fechou uma unidade de processamento do biocombustível, houve uma retração de 60% do PIB industrial.